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Parkinson: quando a cirurgia é uma opção?

A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta o controle dos movimentos. Caracterizada por tremores, rigidez muscular e dificuldade na coordenação, a condição pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Embora os tratamentos medicamentosos sejam a primeira linha de abordagem, em alguns casos, a cirurgia pode ser uma opção eficaz. Mas quando esse procedimento é indicado?

Tratamento inicial do Parkinson

Nos estágios iniciais, o tratamento da doença de Parkinson é feito principalmente com medicamentos que ajudam a repor a dopamina, neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. A levodopa é a medicação mais utilizada e pode proporcionar uma melhora significativa dos sintomas. No entanto, com o avanço da doença, os efeitos dos remédios podem se tornar inconsistentes, resultando em flutuações motoras e discinesias (movimentos involuntários). É nesse momento que a cirurgia pode ser considerada.

Quando a cirurgia para Parkinson é indicada?

A cirurgia para Parkinson, como a estimulação cerebral profunda (DBS – Deep Brain Stimulation), pode ser uma opção para pacientes que:

  • Apresentam resposta irregular ou efeitos colaterais dos medicamentos;
  • Têm tremores incapacitantes que não melhoram com o uso de remédios;
  • Sofrem com flutuações motoras severas e discinesias;
  • Não apresentam outros problemas neurológicos significativos, como demência avançada.

O procedimento é mais eficaz para pessoas com menos de 70 anos e que ainda mantêm uma boa resposta à levodopa, mas com efeitos adversos ou perda de eficácia ao longo do tempo.

Como funciona a cirurgia de estimulação cerebral profunda?

A estimulação cerebral profunda (DBS) é um procedimento minimamente invasivo no qual eletrodos são implantados em áreas específicas do cérebro envolvidas no controle do movimento. Esses eletrodos são conectados a um dispositivo semelhante a um marcapasso, implantado no tórax, que envia estímulos elétricos para ajudar a regular a atividade neuronal e reduzir os sintomas motores.

Benefícios e riscos da cirurgia

Os benefícios da DBS incluem:

- Redução dos tremores e da rigidez;

- Diminuição das flutuações motoras;

- Menor necessidade de medicação, reduzindo os efeitos colaterais;

- Melhora na qualidade de vida e na independência do paciente.

No entanto, como qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos, incluindo infecção, hemorragia cerebral, complicações na programação do dispositivo e possíveis efeitos colaterais cognitivos ou emocionais.

Conclusão

A cirurgia para a doença de Parkinson não é uma cura, mas pode oferecer alívio significativo para pacientes que não respondem mais adequadamente aos medicamentos. O diagnóstico e a indicação devem ser feitos por um neurocirurgião especializado, que avaliará cada caso individualmente para determinar se a cirurgia é a melhor opção.

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